quinta-feira, 28 de março de 2013

Inclusão digital. Será mesmo?

Sabe-se que o termo inclusão tem sido amplamente utilizado atualmente. Quando se pensa na educação, é preciso lidar com a diversidade. Apesar desta necessidade evidente, muitos têm dificuldade de encarar este contexto social diversificado e acabam transformando a prática docente em um cenário homogêneo, cultuando as velhas e conhecidas práticas engessadas. Segundo as pesquisas, na prática, os professores tendem a reforçar o discurso homogêneo. Um excelente exemplo para essas práticas repetitivas está na  maneira de avaliar os alunos. É prova, é trabalho e nas mãos. Nada de enviar pelo e-mail, pois, segundo alguns professores, ter o trabalho em mãos é mais válido. (Só não sei onde se baseia essa validade).


Ultimamente, tenho aprendido bastante sobre a verdade que existe no termo inclusão. Muitos a utilizam sem considerar o significado ideal, apenas como um "apaliativo". E esses usos indevidos, por muitas vezes nos confundem, pois, por não termos tanto conhecimento acerca da verdade que deve existir nos usos das tecnologias, ficamos extasiados diante de tantos aparatos tecnológicos e pensamos que só isso é o suficiente. Há umas semanas atrás, vi uma resportagem no Fantástico e fiquei completamente encantada diante do envolvimento das tecnologias com a escola. No momento, pensei até em usar isso como exemplo dali em diante, mas, após me permitir um maior entendimento, noto que aquela reportagem não chegou nem pertodo "melhor uso" das tecnologias no ambiente de ensino/aprendizado. Quem não viu, pode ver o vídeo da reportagem aqui


No grupo do Facebook da disciplina de Educação e Tecnologias Contemporâneas (frequento essa disciplina na universidade), desenvolveu-se uma discussão interessante sobre a apropriação de alguns usos nessa reportagem. Em uma das minhas falas, evidenciei a realidade maquiada que existe por trás da fala de cada professor.

"Perceba que essa escola parece ter um padrão diferenciado das demais. Note também que ela "parece" ter professores que acham que possuem o conhecimento completo de inclusão digital e, além de acharem, utilizam o conceito de maneira errônea, atribuindo-lhe um significado que não representa a vastidão do que realmente é a inclusão digital. Em que momento você percebe que há inclusão nesse vídeo? Não acredito que se trate de uma realidade que vai mudando aos poucos, mas de um conceito que parece estar engessado nas instituições que por aí estão espalhadas. É óbvio que se trata de uma maquiagem. Os educadores sentem que estão fazendo a parte deles quando dizem que as crianças podem "brincar de tablet" na hora do recreio. Essa é a situação que não pode esperar para ser mudada aos poucos, mas logo. Incluindo o fato de que os próprios educadores precisam se aprofundar na realidade dos fatos, compreendendo que distribuir tablets não significa uma grande mudança, pois isso não modifica a realidade da escola e do processo de ensino/aprendizagem dessas crianças. Observe que TUDO que é conservador permanece igual. O que se diferencia? O tablet."


Após visualizarem essa reportagem, o que vocês pensam? O que vocês acham desse uso das tecnologias? Será que destacar o fato de que os alunos podem tirar foto do quadro promove uma modificação na estrutura do ensino? Será que esse uso ultrapassou os muros da escola, como salientou o professor Nelson Pretto? 



Fica a reflexão! 




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